EDUCADORA GAMITO

EDUCADORA GAMITO
Profª Maria José Rosa Gamito

EDUCADORA GAMITO

EDUCADORA GAMITO
Maria José Rosa Gamito

Tempo

Creche Municipal

CRECHE MUNICIPAL SILVINA WERNER

Meu projeto pedagógico de 2012


Esta é a Creche Municipal Silvina Werner, em Manhumirim, para a qual foi escolhida para ser coordenadora em 2012 pela Secretária Municipal de Educação Marilene Leite Silva Cardoso.

MÓDULO I: CRECHE

A Creche Municipal Silvina Werner é um espaço privilegiado para ações educativas em seu sentido mais completo. É neste espaço que os adultos responsáveis pelo Educar e cuidar, poderão dialogar, trocar experiências e se sentirem mais confiantes no desempenho de seu insubstituível papel, no qual o fundamental é o amor dedicado à criança.
Hoje, a creche de maneira geral não possui caráter apenas assistencialista, a creche educa. Possui funções Pedagógicas de educação coletiva.
            A criança ingressará nesta instituição a partir do 3º mês de vida e permanecerá, em tempo integral, cada dia de sua infância, voltando para o convívio da família somente no final do dia. É importante dizer que a grande maioria das crianças pequenas que frequentarão essa instituição passará nela aproximadamente 9 horas diária.  O tempo de convívio com outras pessoas, outros objetos, espaços e outros tempos torna-se reduzido. O tempo e espaço da creche exerce na vida da criança um papel fundamental e distinto dos demais tempos e espaços.
            Para atender ao que se espera na lei, nosso trabalho se organizará na seguinte forma:
Berçário
Maternal
Jardim

            Estabeleceremos uma rotina produtiva que garanta que nenhuma criança fique parada a toa e mostre que a equipe é capaz de integrar cuidados com o ato de educar.
            O tempo bem planejado desenvolve a autonomia.
            Como cada faixa etária requer uma dinâmica diferente, não nos cabe organizar uma rotina igual para todas as turmas.
            Nossas crianças demandam de mais atenção, principalmente nos momentos de alimentação, higiene e descanso do que crianças maiores.
            Estaremos sempre em contato uma com a outra, mas uma vez por semana nos reuniremos para capacitação. Serão reuniões de módulo para troca de experiências, tirar dúvidas e programar as atividades da semana seguinte.
            Iremos iniciar com uma Rotina, que se houver necessidade, pode-se haver, nas primeiras semanas modificação. A princípio seriaassim:
Entrada: 07h às 08h (Quatro monitoras se dividem entre acompanhar as brincadeiras dos bebês e das crianças e acolher os que chegam com os pais).
Lanche: 08h00min
Higiene bucal
Roda de conversa (Música e história)
Atividade dirigida (sujeito a variação de acordo com o clima). Em sala de aula, desenho, pintura, etc. E no pátio. Havendo revezamento entre as turmas.
Faz-se necessário que toda atividade a ser desenvolvida seja pensada, discutida, refletida e pesquisada.
Almoço: 11h00min
Higiene bucal
Descanso (dormir)
*as crianças que não forem dormir neste horário, deverão estar envolvidas em outras atividades que lhe dará prazer como brincar na brinquedoteca. Vídeo.
Higiene- Ao despertar, as crianças lavam as mãos, escovam os dentes e têm fraldas trocadas. Cada um no seu berço.
Atividade em roda: É hora de jogar, cantar ou combinar algo.
Atividade dirigida
Jantar:16h30min h
Higiene.
Saída: ás 17h30min.
*as crianças permanecerão na sua sala, aguardando serem chamadas. Lembrando que é responsabilidade de cada monitor a sua criança.

Atenção para com os bebês
Trocar as fraldas sempre que necessário.
*Não deixar a criança suja, molhada.
Estimular movimentos.
Conversar muito com os bebês, utilizando-se da linguagem normal. Sorrir muito para ela. Ela deve se sentir segura e amada.
Não se esquecer de oferecer água.

O que não pode faltar na creche
Para que as turmas de 0 a 3 anos se desenvolvam plenamente, é preciso conhecer as características de cada faixa etária e garantir que algumas experiências essenciais façam parte do planejamento. (Trabalharemos nas reuniões de módulo).

1. Brincar
Por que trabalhar Embora a brincadeira seja uma atividade livre e espontânea, ela não é natural, mas uma criação da cultura. O aprendizado dela se dá por meio das interações e do convívio com os outros. Por isso, a importância de prever muito tempo e espaço para ela. "Temos a capacidade de desenvolver a imaginação - e é essa habilidade que o brincar traz"
O que propor  Uma das primeiras brincadeiras do bebê é imitar os adultos: ele observa e reproduz gestos e caretas no mesmo momento em que acontecem. Com cerca de 2 anos, continua repetindo o que vê e também os gestos que guarda na memória de situações anteriores, tentando encaixá-los no contexto que acha adequado. Tão importante quanto valorizar essas imitações é propor ações físicas que possibilitam sensações e desafios motores. "É pela experimentação que a criança se depara com as novidades do espaço, sente cheiros e percebe texturas, tamanhos e formas"
Alguns brinquedos também fazem sucesso nessa fase. Os mais adequados são os de peças de montar, encaixar, jogar e empilhar, além dos que fazem barulho. É preciso ter cuidado com a segurança e só usar objetos maiores do que o tamanho da boca do bebê quando aberta. 
Para um trabalho eficiente, uma boa estrutura é essencial. Isso inclui ter material suficiente para que todos consigam compartilhar e um bom espaço de criação. "Os ambientes devem ser convidativos e contextualizados com a história que se quer construir", diz Ana Paula. Uma área ao ar livre, mesmo que com poucas árvores, vira uma grande floresta. Uma sala bem cuidada, rica em cores e com variedade de brinquedos e estímulos igualmente possibilita momentos criativos, prazerosos e produtivos.

2. Linguagem oral
Por que trabalhar  Quando o bebê se expressa com gritos ou gestos, ele tem uma intenção. Mesmo os que têm pouco vocabulário ou que ainda não falam com desenvoltura estão participando da atividade comunicativa de forma competente e correta.  Para que a linguagem oral se desenvolva, cabe ao professor reconhecer a intenção comunicativa dos gestos e balbucios dos bebês, respondendo a eles, e promover a interação no grupo.
O que propor  Desde muito cedo, cantigas de roda, parlendas e outras canções são meios riquíssimos de propiciar o contato e a brincadeira com as palavras e de estimular a atenção a sua sonoridade. "O burburinho das conversas entre os pequenos, falando sozinhos ou com os outros, é riquíssimo. Não se admite mais a idéia de manter a sala em silêncio, com aparência que está tudo sob controle"
As rodas de conversa, feitas diariamente, são uma oportunidade de praticar a fala, comentar preferências próprias e trocar informações sobre a família. Nessa situação, há a interação com os colegas e aprende-se a escutar, discutir regras e argumentar. Quanto menor for a faixa etária do grupo, mais necessária será a interferência do educador como propositor e dinamizador dos diálogos. 

3. Movimento 
Por que trabalhar  O movimento é a linguagem dos pequenos que ainda não falam e continua sendo a maneira de se expressar daqueles que já se comunicam com palavras. O pensamento é simultâneo ao movimento e, por isso, não se pede que eles fiquem sentados ou quietos por muito tempo. Evitar que se mexam é o mesmo que impedi-los de pensar .Portanto, quanto mais o professor incentivar o movimento, maior será o aprendizado de cada um sobre si mesmo e o desenvolvimento da capacidade de expressão.
O que propor  O bebê precisa participar de atividades que ampliem o repertório corporal para que percorra um caminho de gradativo controle dos movimentos até conseguir se levantar e andar. Aos poucos, ele passa a ter consciência dos limites do corpo e da consequência de seus movimentos. São situações indicadas para o amadurecimento motor passar por obstáculos como túneis, correr e brincar no escorregador. 
Os espaços da creche devem ser desafiadores e, ao mesmo tempo, seguros. São ambientes propícios para as atividades desse tipo tanto o pátio como a sala. Ali, são colocados bancos ou caixas que sirvam de apoio para os que estão começando a andar e ficam distribuídos brinquedos de equilíbrio. Enquanto a turma se mexe para lá e para cá, não se perde um lance. Um educador atento sabe quando um suspiro revela cansaço ou uma careta demonstra algum desagrado. 

4. Arte
Por que trabalhar  A música e as artes visuais são dois meios de os pequenos entrarem em contato com o que ainda não conhecem. Nessa fase, as linguagens se misturam e um mesmo objeto, como um giz de cera, pode ser usado para desenhar ou batucar. "Aqueles que têm oportunidade de participar de atividades nessas áreas certamente desenvolvem mais a capacidade cognitiva"
O que propor  Quanto mais variadas as experiências apresentadas, maior a garantia de qualidade no desenvolvimento do grupo. Escutar sons, como os produzidos por batidas em várias partes do próprio corpo e pela manipulação de objetos, ouvir canções de roda, parlendas, músicas instrumentais ou as consideradas "de adulto" faz a diferença nessa fase. Além de ouvir e repetir um repertório já conhecido, a turma deve ser orientada a improvisar e criar canções, brincar com a voz, imitar sons de animais e confeccionar instrumentos. "A música contribui para um desenvolvimento pleno e harmônico, já que incide diretamente na sensibilidade, na expressão e na reflexão"
Da mesma maneira, o ideal são atividades de artes visuais diversificadas. Uma boa prática inclui desenhos - e não o preenchimento de modelos prontos -, pinturas ou esculturas usando diversos materiais e possibilitar o contato com novos recursos visuais para ampliar as referências artísticas. As produções da classe ficam à disposição para que sejam observadas e comentadas e para que cada um reconheça o que é de sua autoria. 

5. Identidade e autonomia
Por que trabalhar  O bebê nasce em uma situação de total dependência e, pouco a pouco, necessita se tornar autônomo.  Enquanto adquirem condições para realizar ações, as crianças começam a saber das consequências de suas escolhas. Autonomia e identidade se desenvolvem simultaneamente e, mesmo num ambiente coletivo, é preciso dar atenção individualizada às crianças.
O que propor  As melhores experiências são as pautadas pelo relacionamento com os outros e pela demonstração de preferências. "Se a criança não tem opção, como vai decidir?", do Avisa Lá. É essencial oferecer possibilidades - na hora da brincadeira ou da merenda, por exemplo - para que os pequenos sejam incentivados a se conhecer melhor e a optar. Ao servir os alimentos sem misturá-los, o educador permite a cada um identificar aquilo de que mais gosta. Oferecer a colher para que todos comam sozinhos também é primordial. Por meio da observação, uns aprendem com os outros. Mesmo que no começo façam sujeira e demorem para se alimentar, aos poucos adquirem a destreza do movimento. 
A organização do ambiente em cantos de atividades é outro meio de favorecer o exercício de escolha, já que cada um define onde brincar, com quem e por quanto tempo. Para ajudar na construção da identidade, cabe ao educador chamar cada um pelo nome e ressaltar a observação dos aspectos físicos individuais. "Colocar grandes espelhos nas salas, ter fotos de cada um junto dos cabides em que penduram as mochilas, identificar as pastas com o nome e um desenho, por exemplo, são ótimas maneiras de estimular a atenção para as próprias características e fazê-los perceber a diferença e semelhança em relação aos colegas"